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Projeto Sementes promove práticas socioambientais para fortalecer os laços com as comunidades
O Projeto Sementes, presente nos municípios de Fortaleza, Caucaia e Guaramiranga, foi criado pela Cagece em 2023 para fortalecer os laços com as comunidades por meio de práticas socioambientais inovadoras. Atualmente, o projeto atende cerca de 250 estudantes nas escolas EEMTI Maria Zenóbia Rodrigues Braga, em Caucaia, e EMEF Professor Júlio Holanda em Guaramiranga. Ele também está presente nos conjuntos Frei Domingos e Santa Edwiges, em Guaramiranga, e na favela do Inferninho, em Fortaleza.
O Sementes utiliza a arte, o contato com a natureza e as ferramentas de agroecologia e de permacultura para transformar os espaços com o cultivo de alimentos, jardins comunitários, adubos orgânicos, além de oficinas de minhocário urbano. A coordenadora da Interação Social da Cagece, Sâmia Andrade, acrescenta que a proposta inicial era a criação de um núcleo de responsabilidade para desenvolver ações de permacultura, rodas de conversa e oficinas mas, a pedido, da direção da Maria Zenóbia Rodrigues Braga, onde o projeto foi iniciado, foi ministrada uma disciplina de permacultura.
“Os resultados da disciplina de permacultura foram muito bons, com engajamento dos alunos e declarações positivas dos professores e da coordenação da escola. A gente percebe que os alunos realmente estão entendendo os processos, que compreendem o cuidado que devemos ter com o meio ambiente e a importância de produzir os alimentos. Além disso, a gente vê também que eles compartilham a vivência que têm em casa com a escola”, explica a coordenadora.
O coordenador da EEMTI Maria Zenóbia Rodrigues Braga, Lineker Lopes, ressalta que o Sementes tem contribuído com as práticas pedagógicas já praticadas na escola. “Os alunos têm recebido bem o projeto. Alguns estão mais participativos, o que acaba influenciando os demais alunos a se envolverem nas ações. É um projeto que no ano passado já movimentou a escola e este ano continua somando forças com a gente”, acrescenta.
É o que confirma Cícero Damasceno, aluno do 2º ano que participa do projeto desde o início. “Desde que o projeto começou, a gente tá praticando muito pra melhorar nossa qualidade de vida e o ambiente escolar. Como a gente passa muito tempo na escola, conseguimos perceber a quantidade de lixo que tem ao redor e isso ajuda a perceber a importância de buscar a sustentabilidade. Aqui a gente pratica o plantio ecológico e busca plantar nossos próprios alimentos, como melancia, por exemplo”, destaca.
Sâmia explica que um dos critérios para definir os locais em que o projeto é implementado são as obras que a Cagece está realizando no local. “A gente fala sobre a importância das obras nas redes de água ou de esgoto no local. Além disso, é importante que a comunidade esteja disponível para participar ativamente das ações, por isso a gente faz visitas institucionais no local para avaliar a viabilidade e o interesse. A gente fala do projeto na escola ou na comunidade pra perceber se ele desperta o interesse para, a partir daí, começar a pensar na implantação”.
“A gente planeja implementar o projeto em mais três locais ainda esse ano, um deles será o condomínio residencial José Euclides, no bairro Jangurussu, em Fortaleza, em parceria com o Governo do Ceará. Além disso, duas escolas no município de Beberibe serão contempladas com um novo projeto voltado para o ciclo fechado da sustentabilidade com trabalhos sobre aproveitamento de resíduos, compostagens, e o Projeto Semente”, finaliza Sâmia Andrade.
O Projeto Sementes será apresentado no 7º Congresso Sul-americano de Resíduos Sólidos e Sustentabilidade que acontecerá em maio na cidade de Curitiba, tendo a escola EEMTI Maria Zenóbia Rodrigues Braga, como projeto piloto.
