Novo coronavírus: entenda as recomendações da OMS para setor de água e saneamento
A divulgação de informações falsas relacionadas à pandemia do novo coronavírus preocupa autoridades, já que podem prejudicar a saúde da população. Por esta razão a Organização Mundial da Saúde (OMS) vem divulgando guias técnicos, com objetivo de padronizar o combate ao vírus ao redor no mundo. O documento que trata do setor de água e esgotamento sanitário foi atualizado em 19 de março, e pode ser conferido em inglês clicando aqui.
Milena Pereira, gerente de Controle da Qualidade do Produto da Cagece, explica que a citada orientação técnica da OMS garante que o tratamento correto de água e esgoto, com adição de desinfecção à base de cloro, é suficiente para eliminar o vírus, impedindo sua propagação.
“É importante que o cloro residual (na água), durante o processo de tratamento, seja maior ou igual 0,5 miligramas por litro, com um tempo de contato de 30 minutos e com pH de 8,00 [o vírus] está praticamente inativado”, detalha a gerente. “Por isso a importância de se manter os teores de cloro residual dentro dos padrões exigidos pela legislação.”
Outra questão é a preocupação com os profissionais que atuam no setor de água e esgoto, como é o caso dos colaboradores de operação da Cagece. “No item 4 o Guia aponta a necessidade das boas práticas de proteção para os profissionais que trabalham no sistema de tratamento: uso de equipamentos de proteção individual como luvas, máscaras, além de orientação para lavar as mãos frequentemente e não tocar os olhos ou rosto. Ou seja, as mesmas que a gente deve ter no dia a dia, mas reforçadas pelo uso constante de EPIs”, conclui Milena Pereira.
Com relação a comunidades carentes ao redor do mundo ou localizadas na zona rural, sem acesso à água tratada ou rede de esgoto, o Guia traz orientações de como os indivíduos devem proceder no esvaziamento das fossas sépticas, e como transportar, descartar e limpar latrinas.