
Benchmarking sobre dessalinização da água do mar para empresa da região de Maricá.
Cagece recebe representantes do Rio de Janeiro para benchmarking sobre a Dessal do Ceará
Já considerado referência nacional, o projeto para a construção da Planta de Dessalinização de Água do Mar do Ceará atraiu visitantes de Maricá, região metropolitana do Rio de Janeiro, para um benchmarking nesta quinta-feira (16) e sexta-feira (17). Os representantes de diferentes empresas do município tiveram oportunidade de conhecer o trabalho desenvolvido pela companhia, desde a concepção da planta até o status atual, com a atuação da Sociedade de Propósito Específico (SPE), Águas de Fortaleza.
A agenda de dois dias iniciou com apresentações do especialista e coordenador da Dessal do Ceará pela Cagece, Silvano Porto, que contextualizou o empreendimento nas fases preparatórias, as tendências de tecnologia voltadas para a dessalinização, como custos operacionais, técnicas de tratamento de água adotadas, dentre outros. Além disso, outros representantes da companhia trataram de temas como estudos de viabilidade, estudos ambientais e, ainda, a parte jurídica do processo.
O evento seguiu para campo e os participantes puderam conhecer presencialmente a empresa responsável pela Dessal, o local onde a planta será instalada e a estação de pré-condicionamento de esgoto da Cagece (EPC). Na oportunidade, o projeto da Dessal do Ceará foi apresentado com o detalhamento de localização da planta, emissários de captação da água e de rejeito, linhas de distribuição de água a partir da planta para os reservatórios da Cagece, assim como das responsabilidades da Cagece e da Águas de Fortaleza no processo.
De acordo com a Diretora-presidente da Sanemar, Rita Rocha, a expertise do Ceará no desenvolvimento do projeto da dessal é uma experiência única no Brasil e que servirá como referência para a construção de uma planta semelhante para Maricá, que possui 47 km de frente marítima. “Essa experiência é de suma importância pra talvez superarmos a nossa crise hídrica que nós temos no nosso município. Nosso grande desafio é que aqui no Ceará, o estado é o indutor, mas lá nós somos um município onde a concessão de água já foi disponibilizada para o privado e Maricá hoje não é prioridade para a concessionária porque tem uma série de regiões metropolitanas com uma demanda maior do que a nossa. E esperar o tempo da companhia pra nós não é uma opção”, afirmou.