Audiência pública reúne população, políticos, imprensa e órgãos afins para discutir a Dessal do Ceará
A Cagece participou de audiência pública para a apresentação dos Estudos de Impacto Ambiental (EIA/Rima) da planta de dessalinização de Fortaleza, a Dessal do Ceará, na última sexta-feira (25). O evento, promovido pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), foi realizado na Sede Social Clube Sindissétima, no bairro Praia do Futuro, e contou com a participação de representantes da Cagece, de outros órgãos públicos e ambientais, líderes comunitários, sociedade civil e demais interessados.
Os resultados dos estudos, que confirmam a viabilidade do projeto, e a audiência pública representam mais um passo dado pela companhia cearense para a transformação de água marinha para o consumo humano. Agora, as próximas etapas incluem a obtenção da Licença Prévia (LP) e da Licença de Instalação (LI), que permite o início das obras.
O presidente da Cagece, Neuri Freitas, explicou que a iniciativa de dessalinização já é uma realidade em outros países, incluindo o Brasil. No caso da Dessal do Ceará, a ideia é diversificar a matriz hídrica do estado, que historicamente convive com períodos de seca. “Para abastecimento humano, essa vai ser a maior da América Latina. É um projeto bem ousado e inovador mas necessário porque a gente precisa abastecer a população”, destaca.
Presente no evento e atuante nas discussões durante a realização da audiência, a dona de casa e moradora da praia do Futuro há 40 anos, Maria de Lourdes, compreende a importância da construção do equipamento e os impactos positivos do projeto: “entendo que além de ser uma obra que vai nos trazer abastecimento, teremos também empregos gerados para nossa comunidade. Só teremos a ganhar com a construção dessa usina”, explica.
Saiba Mais
A Dessal do Ceará será responsável pela produção de mil litros de água potável por segundo, que abastecerá cerca de 720 mil pessoas diretamente. Consequentemente, a ação também tem o objetivo de diminuir a pressão sob os mananciais do interior do Ceará. A previsão é que a usina seja instalada até 2026, na Praia do Futuro e, ao longo dos 30 anos seguintes, serão investidos cerca de R$ 3 bilhões.
