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8 de março: a mulher caminhoneira descontruindo preconceitos na prestação de serviços da Cagece

08/03/2023

Neste dia 8 de março, a Cagece convida todas as pessoas a refletirem sobre as condições do lugar ocupado pelas mulheres atualmente na sociedade. A conhecida expressão “lugar de mulher é onde ela quiser” evoca um direito delas, que historicamente vem sendo conquistado a duras penas, quando na verdade deveria ser garantido sem a necessidade da luta diária por igualdade.

No mercado de trabalho, elas desafiam o sistema exercendo profissões e funções onde homens ainda são a maioria. Na Cagece, Maria Rosângela de Araújo Macena, de 41 anos, colaboradora lotada na Unidade de Negócio do Baixo e Médio Jaguaribe (UNBBJ), vivencia esta realidade sendo a primeira mulher motorista de caminhão de grande porte da companhia.

Rosângela já atua há seis anos na profissão de motorista de veículos de grande porte, como ônibus e caminhões. Para trabalhar com o que gosta, ela enfrenta o preconceito comum às mulheres que ousam ocupar lugares que a sociedade prioriza como área de atuação masculina. Apesar dos desafios, a colaboradora exerce sua função com orgulho e empoderamento.

Natural do município de Quixeré, no interior do Ceará, e mãe de três filhos que criou sozinha, a história de Rosângela na Cagece começou há apenas dois meses. A competência e o compromisso com o trabalho foram as qualidades que lhe trouxeram a oportunidade de trabalhar na função que ocupa hoje na companhia, a convite de Tancredo Wilson, gerente da UNBBJ, a quem ela é grata pela confiança. “Eu passei um mês tirando as férias de um colaborador e quando terminou esse período, fui chamada para ser a primeira mulher a dirigir caminhão de grande porte da Cagece, na regional de Russas. Pra mim foi um prazer, um orgulho, algo muito gratificante que eu não esperava”, conta.

A profissão de motorista de caminhão faz parte do DNA da família de Rosângela. “Sou filha de caminhoneiro. Tenho irmão, sobrinho e cunhada caminhoneiros. E eu gosto muito dessa profissão. Fazer o que gosta é muito prazeroso e quero passar muito tempo aqui na Cagece”, diz a colaboradora.

Nesta data em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, ela traz em suas palavras a coragem para seguir mais adiante na conquista dos seus objetivos. “Essa é uma data muito importante que mostra o quanto somos guerreiras, batalhadoras. Como mulher, eu me sinto muito orgulhosa. Já passei por muitos obstáculos na vida, mas nunca desisti. Estou sempre na luta e na batalha, com muita persistência”, afirma.

Apesar da função de motorista de caminhão ser ainda majoritariamente masculina na Cagece, Rosângela não se intimida e tem a consciência de que está quebrando paradigmas e ajudando a construir um caminho para que outras mulheres possam ocupar o lugar que desejam. “Quero fazer a diferença. Geralmente, a sociedade nos acha incapazes, o que não é verdade. Basta querer que a gente faz dar certo. Temos muitos desafios a frente da função que exerço por conta do preconceito. As vezes só por ser mulher, muitos pensam “será que ela vai conseguir?”. Mas eu adoro um desafio”, declara a mulher sentada na boleia de um caminhão jato da Cagece à frente da direção.