Redobrar a atenção com o armazenamento e o descarte do lixo é apenas uma das ações que a população deve realizar para combater focos do mosquito.
Combate ao aedes: Cagece alerta para cuidados com focos do mosquito nesta pré-estação chuvosa
Com a chegada da pré-estação chuvosa, chega também uma preocupação: focos e proliferação do mosquito Aedes aegypti. A Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), preocupada com a saúde da população, alerta para os cuidados que as pessoas devem ter nesse período. Criadouros do mosquito podem surgir devido às chuvas e aumentar os casos das arboviroses transmitidas pelo aedes, como a dengue, zika e chikungunya.
Para evitar a proliferação do mosquito, a Cagece alerta a população para os cuidados com materiais e locais que possam vir a se tornar criadouros do mosquito. Algumas precauções já são conhecidas pela população, mas nem sempre priorizadas, como manter a caixa d’água sempre limpa e totalmente fechada, deixar virados para baixo garrafas, baldes ou qualquer outro recipiente que possa acumular água, preencher os vasos de plantas com areia e redobrar a atenção com o armazenamento e descarte do lixo.
A Cagece dá o exemplo e trabalha internamente para evitar a proliferação do mosquito nos prédios da companhia, onde colaboradores voluntários fazem vistorias nas unidades para verificar a existência de algum material que possa se tornar criadouro do mosquito. Além disso, a equipe de Responsabilidade de Interação Social realiza visitas domiciliares para conscientizar a população sobre cuidados importantes para evitar transtornos causados pela pré-estação chuvosa.
A única forma de prevenir as doenças que o mosquito pode causar é evitando desde o início a sua reprodução, os cuidados devem ser tomados não só nesse período, mas o ano todo. Por isso é fundamental que toda a população faça sua parte no combate do Aedes aegypti.
Casos de arboviroses
O ano de 2021 marcou um aumento expressivo nos casos de dengue, zika e chikungunya. A alta se deu principalmente pelos diagnósticos de dengue. De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), até o dia 11 de dezembro de 2021 foram diagnosticadas 31.405 pessoas com dengue no Ceará, um aumento de 52% comparado a 2020, que teve 20.653 casos da doença. Já o número de casos de zika e chikungunya se mantiveram estáveis no ano passado, sendo 142 casos de zika em 2020 contra 176 em 2021, e os diagnósticos de chikungunya foram de 882 para 842.
Especialistas afirmam que a preocupação com a Covid-19 pode ter desviado a atenção de outras doenças que continuam atingindo a população, como as transmitidas pelo aedes. Sabemos que é nesse período de chuvas que os casos de arboviroses aumentam, por isso é importante redobrar os cuidados desde já.
Ciclo de reprodução do mosquito
O aedes deposita os ovos em recipientes com água limpa e parada. Estudos apontam que a reprodução também pode acontecer em água suja, isso nos leva a redobrar os cuidados que já conhecemos. O seu ciclo de reprodução varia de 5 a 10 dias, e mesmo que não tenha contato imediato com a água, os ovos do mosquito podem permanecer viáveis por até 1 ano. Por esse motivo devemos manter a caixa d’água sempre limpa e totalmente tampada, deixar garrafas viradas para baixo, preencher os vasos de plantas com areia e ter uma atenção especial com o armazenamento e descarte do lixo.
Saiba Mais
Fique atento aos sintomas diferenciar as arboviroses dos casos de gripe ou Covid-19:
- Dengue: dor nas articulações, dor nos olhos, erupções ou manchas na pele, náuseas, vômitos, dor no corpo.
- Chikungunya: febre superior a 38,5 °C, dor nas articulações ou artrite intensa de início agudo.
- Zika: manchas vermelhas na pele, febre, conjuntivite não-purulenta, dor ou edema nas articulações.
