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Moda e Sustentabilidade: desfile Reciclocidades encerra 3º Fórum Internacional Universalizar

A coleção contou com 34 figurinos confeccionados de modo sustentável.

Moda e Sustentabilidade: desfile Reciclocidades encerra 3º Fórum Internacional Universalizar

14/04/2025

O programa de sustentabilidade da Cagece, o Reciclocidades, deu início na última sexta-feira (11) ao circuito de desfiles da Coleção Mosaico. A apresentação ocorreu durante o encerramento do 3º Fórum Internacional Universalizar, realizado pela Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe) no Espaço La Maison, em Fortaleza, nos dias 10 e 11 de abril. Na ocasião, os participantes tiveram a oportunidade de prestigiar o desfile da primeira coleção de moda sustentável produzida por uma empresa de saneamento básico no Brasil.

A coleção apresentada, que contou com 34 figurinos confeccionados de modo sustentável, foi desenvolvida em parceria com o estilista Kalil Nepomuceno e o designer de produtos Érico Gondim. Em colaboração com oito artesãs do Reciclocidades, foram criadas peças de vestuário e acessórios sustentáveis que utilizaram resíduos têxteis doados pelas empresas Vicunha, Aviarte, e pelo ateliê de Kalil Nepomuceno.

Coordenadora da Gerência de Responsabilidade e Interação Social da Cagece (Geris) e gestora do Programa Reciclocidades, Samara Silveira, comemorou a realização do desfile durante o 3º Fórum Internacional Universalizar. “Foi muito importante conseguir espaço dentro de um evento que reúne empresas de saneamento de todo o país. Dessa forma, tivemos a oportunidade de mostrar a experiência do Reciclocidades para outros estados e de apresentar o trabalho das artesãs para pessoas de todo o país”.

Samara acrescenta que este foi apenas o primeiro de uma série de desfiles agendados para 2025. “Esse foi o primeiro desfile do ano e abriu o circuito de desfiles da Coleção Mosaico. A próxima apresentação será em parceria com a Kuya no Festival Monegrim de moda negra, indígena e periférica que será realizado no mês de maio na Estação das Artes”. A coordenadora acrescenta que a partir de junho os desfiles da Coleção Mosaico serão realizados em nove estados do país.

Já a assistente de Inovação e Sustentabilidade da Cagece e diretora executiva do desfile, Lu Palhano, destaca o que motivou a escolha do estilista e do designer para o projeto. “Kalil Nepomuceno e Érico Gondim foram escolhidos para esse projeto por já serem simpáticos ao tema da sustentabilidade e atuarem de forma criativa, pensando fora da caixa e repensando materiais. Tanto que, ao receberem o convite, aceitaram imediatamente o desafio de construir uma coleção de moda feita a partir de resíduos e reciclagem, junto às artesãs do Reciclocidades”.

O estilista Kalil Nepomuceno ressalta que o projeto da Cagece foi um divisor de águas. “No mundo em que estamos vivendo, com a indústria da moda como a segunda mais poluidora do universo, trabalhar com sustentabilidade é necessário. Nós conseguimos desenvolver e levar para a passarela peças inusitadas e incríveis confeccionadas com resíduos sólidos de grandes indústrias e do meu ateliê. Essa coleção é de suma importância para a indústria e toda a cadeia produtiva de moda, não só pra mim como estilista. Essa consciência ecológica e do reciclado tem que alcançar todos os confeccionistas”, explica.

Catiana Lopes está há quatro anos no Reciclocidades e foi uma das artesãs do projeto. “Dentro do Reciclocidades, eu nunca tinha trabalhado com moda e o processo de confecção dos figurinos foi espetacular. Nós éramos orientadas e realizávamos o trabalho na Cagece. Ver tudo pronto dá uma sensação indescritível”, comemora.

Saiba Mais

O 3º Fórum Internacional Universalizar teve como tema “A Universalização do Saneamento e a COP 30: estratégias e parcerias para infraestrutura sustentável” e contou com palestrantes internacionais da América do Sul, África e Europa. No evento, o presidente da Cagece e da Aesbe, Neuri Freitas, destacou que uma das preocupações de quem trabalha com saneamento é universalizar os serviços de maneira sustentável, lidando com os efeitos das mudanças climáticas.

“As soluções que temos estão ficando obsoletas e precisamos evoluir com as tecnologias para tratamento da água e do esgoto, por isso a troca de experiências com outros países é muito importante. Tivemos apresentações dos modelos inglês e português, da tecnologia austríaca e do saneamento rural de Gana, por exemplo. Com essas experiências, vamos ter um leque maior de soluções para tentar desenvolver aqui no Brasil”, ressaltou o presidente.

Os painéis contaram com palestras e debates sobre ações de mitigação das mudanças climáticas, parcerias público-privadas, transformação digital e universalização do saneamento, investimentos intersetoriais no saneamento, saneamento rural e áreas vulneráveis, além de tarifas, subsídios e eficiência no saneamento.